sábado, 6 de junho de 2009

Shine


Laura Izibor canta na sua música Shine :

“Well, let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you “

É claro que na generalidade das vezes nem prestamos atenção ao que dizem as letras das músicas, mas muitas vezes elas querem dizer muito mais do que nos parece à primeira. Shine é uma música que trata na sua essência da tomada de decisões que temos que tomar na nossa vida e no medo que por vezes sentimos em seguir em frente, e encontrar o nosso lugar ao sol, o nosso momento, porque muitas vezes estamos sempre à espera que alguém mais talentoso, mais bonito e com mais dotes de oratória o faça, alguém que não tem nada a provar a ninguem, a não ser a si próprio, e esse sentimento faz-nos querer ser igual a ela. Mas mais uma vez estamos errados.

Uma vez, um grande amigo meu disse-me: “O mais importante é que sejas tu o protagonista da tua vida!” Acho que posso dizer com toda a segurança que esta frase me marcou. É claro que quando nos dizem algo parecido com isto, a vontade que sentimos é de partir para tudo o que deixámos de fazer por medo das consequências, e viver todos esses momentos de novo, viver tudo outra vez, mas desta vez, o protagonista somos nós. Fazer tudo o que desejarmos, porque a vontade se basta a si própria para atingir tudo o que quisermos durante o nosso tempo de vida. Mas na realidade não é bem assim, como bem sabemos não é nada assim. A vontade é sem sombra de dúvida o primeiro passo e um dos mais importantes, o que nos dá o impulso para o outro lado, para passarmos a ser aquele alguém confiante, talentoso,que não tem que provar nada a absolutamente ninguem a não ser a si mesmo. E isso dá-nos a força para sermos realmente alguém assim, mas mais uma vez, isso só per si não serve para grande coisa. Mas passará a servir quando pusermos ao serviço de outros, daqueles que precisam de nós todos os dias, daqueles com quem estamos, seja a nossa familia, os nossos amigos, alguém que conhecemos na rua e nos oferecemos a entregar alguma coisa a alguém, que vive mesmo a nossa porta.

É genuíno o sorriso que nos faz fazer figura de anestesiados, também porque abre as portas do nosso coração para fazermos mais de dia para dia. Embora no momento não nos pareça muito, no final do dia quando fizermos as contas do que fizemos, do que não fizemos e devíamos ter feito, e do que vamos fazer melhor amanhã podemos ter a certeza que vamos sorrir outra vez pelo que fizemos, e vamos agradecer outra vez, termos passado mais um dia, e termos sorrido tão simplesmente por aqui estarmos.