segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Se perguntarem por mim, digam que voei...

Existem momentos da nossa vida, em que nos sentimos cansados, desgastados pelo passar dos anos e das pessoas por nós, e questionamo-nos sobre o sentido de tudo isto, sobre afinal porque razão elas (as pessoas) e eles (os anos), passam por nós, se no final de tudo vamos acabar num julgamento final, e o que temos em nosso favor é a presunção de inocência, as nossa convicções e os nossos actos. Mas afinal, porquê? Porque razão temos que vir à Terra dos mortos-vivos, onde olhando bem, a conclusão a que chegamos é que o mundo não está nem a nosso favor, nem contra nós, a sociedade é que está pervertida ao ponto de conseguir trocar os valores, as consciências, as motivações e os conceitos de certo errado, bom e mau.

Muitas vezes dou por mim a pensar qual será o valor da minha vida, qual a sua utilidade, e se existe alguma presunção como a de inocência que me salve desta inutilidade, desta soma de momentos, cujo conteúdo se torna por vezes dúbio, mas por ser irrelevante, não merece a nossa atenção, embora saibamos que no fundo fomos afectados por ele de alguma maneira. A verdade é que não consigo concluir acerca de nada do que faço, inclusivamente este texto, que no geral se trata de uma soma de letras, palavras, pontos, virgulas, parêntesis, reticências, e uma serie de ideias que vão sendo constituídas à medida que as linhas se preenchem.

Tento distanciar-me da minha vida e tentar perceber qual o significado que tenho na vida dos outros, e por mais que tente, não consigo ir mais longe do que um: “tu importas”… tenho a certeza que muita gente como eu não sente que faça diferença, mas pior do que isso, não sinta que é protagonista da sua própria vida, não passa de um mero figurante, não pensando por si própria, nem indo mais além do que a manada de indiferenciados que circula connosco nas nossas ruas, e mais uma vez pergunto-me: qual a diferença que faço? Quando passo por alguém, a sua reacção é diferente do que se tivesse visto algo além de um desconhecido ou um simples colega de trabalho? Será que estamos no que fazemos? Será que quando não estamos sentem a nossa falta? Será que alguém se vá lembrar do bem que fizemos? Ou será que apenas vivemos uma vida que valha a pena recordar, mas que no final vamos ter que pagar a conta dela? Ou será possível juntar tudo isto num “melhor de dois mundos” que nunca é possível a não ser nos filmes, mas a realidade nos mostra ser possível…
Tantas questões e nem uma pequena resposta…

Se perguntarem por mim, digam que voei simplesmente porque tenho vontade de voar, como um pássaro, louco, livre, assim sou eu…

domingo, 12 de julho de 2009

Todos nós quer queiramos quer não, quer sejamos  os melhores no que fazemos ou não, quer tenhamos a vida que sempre sonhámos ou não, vamos SEMPRE passar por momentos menos amigáveis! O que pretendo significar com isto  é que provavelmente vamos ser cilindrados pela, e todos os factores que não controlamos e poderiam correr mal, vão correr, isto é: vai aplicar-se a famosa lei de Murphy.

A certa  altura temos vontade de desistir  pois por mais que lutemos parece que por mais que lutemos nunca vamos conseguir  ultrapassar as dificuldades! Damos por nós a pensar que a vida está perto do fim, que é impossivel viver desta ou daquela maneira  e que o nosso coração está ao pulos a tentar cumprir tão rápido quanto pode os batimentos de uma vida!
Mas não é assim, não pode ser, não faria sentido que assim fosse! Apenas temos que olhar melhor, com mais atenção para descobrirmos que as oportunidades estão ali, mesmo à nossa frente! Mas se ainda assim não as tivermos descoberto, continuamos sem poder desistir, temos que saber como é que a história acaba!
O mundo que desejamos existe, é possível, é real… e é nosso!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Existem muitas formas de conseguir arrepiar as pessoas... desde textos que nos levam a imanigar as cenas mais horripilantes alguma vez produzidas pelo Homem, até a descrições promenorizadas sobre um amigo que faleceu, um parente, uma namorada...o

Li à pouco tempo, um texto de um amigo que tratava da morte de outro grande amigo seu... e por isso eu sorrio, todos os dias cada vez que me levanto, por saber que, ainda exitem pessoas como ele, que realmente se preocupam, e são exactamente aquilo que parecem.

Todos os dias, quando acordamos a primeira coisa que geralmente pensamos é: "só mais cinco minutos", o meu ponto é: existe um mundo là fora, que embora não chame por nós, tem pessoas que chamam, e por isso eu sorrio... por isso me levanto da cama todos os dias, ligo o radio, ouço as noticias da manhã, e me arranjo, para poder ser natural, e ir ao encontro de outras pessoas que, tanto quanto sei, gostam de mim, como gosto delas... nao vivem naquela simpatiashadenfreude...

para mim nao faz sentido que alguem viva com o unico objectivo de satisfazer as suas proprias necessidades... eu nao me sinto feliz quando satisfaço so as minhas... sinto que há ainda muito por preencher, e neste momento vou citar alguém que um dia disse isto: "quem passa por nós não segue inteiro, não parte sozinho, deixa um pouco de si, leva um pouco de nós!" achei que ficava bem... principalmente porque eu acho que todos somos uma manta de retalhos, composta por bocados de pessoas que passaram por nós, por coisas que vimos... por sentimentos que tivemos e temos, por palavras que ouvimos, por amizades que vivemos, por amores platónicos, e outros imperfeitos, mas dentro da sua imperfeição roçavam o perfeito, nos preenchiam como outrora nunca tinha acontecido... e isto porque temos alguém a quem nos dar... a quem preencher também...familiares, amigos, namoradas... todos os esse seres que para nos sao perfeitos e que de todo, nos fazem sorrir, e nos dão a força que precisamos para sobreviver, é claro que no meio disto tudo, existe um Deus, que equilibra tudo, e em quem podemos confiar sempre... alias, tudo so faz sentido se existir um deus, senão, de que serviriam todas as mortes de todos os que nos sao proximos... de que serviria todo este tempo passado neste mundo se pura e simplesmente tudo acabasse quando o nosso corpo fragil, enfermo e efémero?! Nao fazia qualquer tipo de sentido...

Hoje ia a passar o viaduto que liga a católica á minha residência e vinha a sorrir... por nada em especial...apenas por viver... por ter a opurtunidade de privar com seres tão extraordinários como são muitos amigos meus! A todos eles o meu muito obrigado, e desde já digo: tenho um pouco de vocês dentro de mim... pode ser qualquer coisa... pode ser uma forma de sentar.. uma expressão facial, uma maneira de rir, uma expressão como: "não é para meninos"; ou "ganda besta" ou até: "claramente"... pode ser apenas uma musica que partilhámos... pode ser uma musica que cantámos juntos.. pode ser uma farda que apanhámos juntos...mas de todos tenho uma memória... alegre ou triste... de todo que um pouco de mim lhes pertence! E no dia seguinte, acordei e pensei: valeu a pena! Porque vale a pena acordar para viver... acordar para sorrir... acordar para desejar bom-dia... acordar para gritar:amo-te porque sim... ou fazes-me falta, porque tenho tanto de ti em mim, que seria muito complicado sorrir de novo! Digo isto e a maior parte pensará: este chaval está completamente apanhado da cabeça... ou entao em tom jocoso: "o amor é lindo"... de facto é..  de facto o amor é lindo.. mas a vida... meus caros... a vida ainda é mais linda... e os dois juntos?!

Se calhar...vale a pena pensar nisto

sábado, 6 de junho de 2009

Shine


Laura Izibor canta na sua música Shine :

“Well, let the sun shine on your face
And don’t let your life go to waste
Now is the time, got to make up your mind
Let it shine on you, let it shine on you “

É claro que na generalidade das vezes nem prestamos atenção ao que dizem as letras das músicas, mas muitas vezes elas querem dizer muito mais do que nos parece à primeira. Shine é uma música que trata na sua essência da tomada de decisões que temos que tomar na nossa vida e no medo que por vezes sentimos em seguir em frente, e encontrar o nosso lugar ao sol, o nosso momento, porque muitas vezes estamos sempre à espera que alguém mais talentoso, mais bonito e com mais dotes de oratória o faça, alguém que não tem nada a provar a ninguem, a não ser a si próprio, e esse sentimento faz-nos querer ser igual a ela. Mas mais uma vez estamos errados.

Uma vez, um grande amigo meu disse-me: “O mais importante é que sejas tu o protagonista da tua vida!” Acho que posso dizer com toda a segurança que esta frase me marcou. É claro que quando nos dizem algo parecido com isto, a vontade que sentimos é de partir para tudo o que deixámos de fazer por medo das consequências, e viver todos esses momentos de novo, viver tudo outra vez, mas desta vez, o protagonista somos nós. Fazer tudo o que desejarmos, porque a vontade se basta a si própria para atingir tudo o que quisermos durante o nosso tempo de vida. Mas na realidade não é bem assim, como bem sabemos não é nada assim. A vontade é sem sombra de dúvida o primeiro passo e um dos mais importantes, o que nos dá o impulso para o outro lado, para passarmos a ser aquele alguém confiante, talentoso,que não tem que provar nada a absolutamente ninguem a não ser a si mesmo. E isso dá-nos a força para sermos realmente alguém assim, mas mais uma vez, isso só per si não serve para grande coisa. Mas passará a servir quando pusermos ao serviço de outros, daqueles que precisam de nós todos os dias, daqueles com quem estamos, seja a nossa familia, os nossos amigos, alguém que conhecemos na rua e nos oferecemos a entregar alguma coisa a alguém, que vive mesmo a nossa porta.

É genuíno o sorriso que nos faz fazer figura de anestesiados, também porque abre as portas do nosso coração para fazermos mais de dia para dia. Embora no momento não nos pareça muito, no final do dia quando fizermos as contas do que fizemos, do que não fizemos e devíamos ter feito, e do que vamos fazer melhor amanhã podemos ter a certeza que vamos sorrir outra vez pelo que fizemos, e vamos agradecer outra vez, termos passado mais um dia, e termos sorrido tão simplesmente por aqui estarmos. 

quinta-feira, 4 de junho de 2009

??

Ontem comecei a escrever um texto que em teoria tratava de amor e medo. A primeira é uma palavra que raramente é utilizada e que em português soa bastante mal. Love soa muito melhor que Amor, talvez por isso é que em Portugal se diga tão pouco essa palavra. Talvez por respeitos humanos olhemos de esguelha cada vez que queremos dizer a alguém o que sentimos. Por respeitos humanos talvez não digamos “amo-te”, talvez por isso digamos apenas “adoro-te” talvez por isso… talvez sim, talvez não, talvez a única coisa que nos leve a não dizer é o facto de não ouvirmos muito isso das pessoas que mais gostamos, porque na nossa cultura as pessoas estão cada vez mais preocupadas com mal que lhes pode acontecer do que com o bem que podem tirar de cada dia que passa e que acabam por não aproveitar. Mas no final do dia não se lembram que esse dia que passou significa apenas que têm menos um dia para dizer as pessoas que amam, que as amam, e que o dia não é o mesmo se não lhe puderem dizer isso, e não puderem sussurrar-lhe aos ouvidos todas aquelas coisas que só elas devem ouvir, mas que, por alguma razão acabamos sempre por não dizer. Talvez por isso tenha pensado em escrever sobre amor e medo, porque, no final do dia acabam relacionados, apenas porque a existência de um inibe a magnitude do outro.

Medo na sua etimologia significa: O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente.

Amor:  O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.

Talvez seguindo o significado etimológico das duas palavras consegue-se concluir que ninguém no seu perfeito juízo pretende sentir um estado de alerta e receio, sentindo-se ameaçado, vai querer um vínculo emocional com alguém, que seja capaz de receber um comportamento amoroso e alimentar estimulações sensoriais…

Outra expressão que não se usa em português é: dar o meu coração. Ora, se não se usa, como é obvio ninguém da o coração a ninguém, e embora muitos de nos estejamos em alguma relação a verdade é que como não utilizamos a palavra amor, nem nunca dissemos à nossa metade o que verdadeiramente sentimos, acabamos sempre por pensar que um dia tudo vai acabar, e vai acabar apenas porque ela ou ele, não era a certa para nós. Mas na verdade como será que nós podemos saber? Se nunca lhe dissemos que confíavamos totalmente nela/nele nem nunca lhe mostrámos que o nosso coração estava ali à sua mercê? Provavelmente depois de acontecer algo que nos magoa vamos pensar que já estávamos a espera daquilo, e que de facto aquela pessoa não era a nossa “tal”. e talvez tenhamos chegado a esse ponto precisamente porque não tivemos a coragem de ser fracos, e de mostrar a outra pessoa o quanto precisamos que ela esteja ali para nós, e o quanto precisamos que ela diga, no final do dia, quando parece que nada pode ser bom: “amo-te. Vai tudo correr bem! Vamos dar a volta por cima!”. No limite, o que digo é que por mais vezes que tentemos, por mais vezes que achemos que estamos no caminho certo, algo se vai intrometer, e vai em qualquer circunstancias da vida, a única questão é termos a coragem de dar a importância às coisas que elas merecem, e dizer a quem quer seja: “preciso de ti. Aqui, comigo!” não ter medo de dizer “entre mim e ti há uma coisa que nos separa: o espaço físico a que estamos limitados”… no fundo é termos a coragem de ser felizes! É acordar todos os dias com um sorriso porque a nossa metade falou enquanto dormia, ou saber aquelas coisas que mais ninguém sabe.  É não ter medo de nos dar-mos completamente, sem margem para dúvidas, assim, simplesmente! Porque, simplesmente, somos o que somos.

domingo, 31 de maio de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

not enough

I know I said it before, but I read somewhere that “the important thing is not to be bitter over life’s disappointments, learn to let go off the past and recognize that everyday won’t be sunny and when you find yourself lost in darkness of despair … remember it’s only in the black of night that you can see the stars and those stars will lead you back home. So don’t be afraid to make mistakes, to stumble and fall because most of the times, the greatest rewards come from doing what scares us the most”.

I guess I can’t say much more than this. I guess this is should be enough for all of us to start to think straight, do find a new path to our life and not just follow the usual, keep up with the good job, because in the end of the day we are not going to be judged for how good we followed other people. In the end of the day, we are going to be judged as “what did we do with what we have” what we should have done but didn’t have the courage to do, because it was risky. Most of the times, we found ourselves alone with no one near to tell we are important, with no one to say “I love you” and most of the times it’s because we didn’t have the guts to say it in the first place, because and mark my words, most of the time we are afraid that we’re not good enough, not pretty enough, not funny enough. But we are wrong, because what everyone wants is to be loved, and it doesn’t matter when people say they don’t care about this, or make fun of these thoughts, because in the end of the day, that’s the true story of our lives.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

António Pinto Lei in expresso:

Hoje contra mim falo: estou cansado de análises de dividir o carisma de alguns pelas manias de todos. hoje quero usufruir de uma liberdade que por vezes ignoro, a de não só escrever o que penso, mas de sentir o que escrevo.

Fui homem que viveu intesamente a fé. Perdi-a por aí, nessa revoulução libertária que encheu a alma e dispensou as regras de Deus, há 20 anos.

Não me distanciei da fé porque a considerasse reaccionária, como bastantes desse tempo. Sempre pensei, aliás, que a fé é algo de tão sério e de tão profundo no coração dos homens que só inteligências menores a podiam situar em direitas e esquerdas, em progressismos e conservadorismos. Também nunca culpei a Igreja dos pecados do mundo, nem os padres, dos meus. Sempre achei que a Igreja tem as costas demasiado largas para o nosso egoísmo.

Perdi, mesmo assim, a fé. Primeiro, porque a Igreja, apesar de não ser culpada dos pecados do mundo, me pareceu irrelevante na minha relação com Deus. Depois, porque Deus se tornou tão distante que a certa altura me pareceu irrelevante na minha relação com os outros.

A isto somaram-se outros dois factores. Por um lado, o gosto de exercitar uma lucidez, por vezes tenebrosa, que me fazia sentir íntimo das multiplas verdades e vulnerabilidades da vida. Por outro lado, a natureza fez-nos de abismos,e eu visitei, com imprudência excessiva, o abismo da perfeição que todos os jovens trazem dentro de si. Um dia desencatei-me de mim, incapaz que era de atingir a santidade, objectivo que sempre me ocorria ser o único válido.

Houve, entao, explicações generosas para tudo. Alguns seguiram o seu caminho indiferentes a Deus. eu não: desconfiei desde o princípio que, ao desistir de Deus, era de mim que desistia. Recusei-me a essa desistência, mas quando despertei já era tarde: tinha na mesma para fazer, dentro de mim, tudo quanto Deus nos pede, mas estava infinitamente só para o fazer.

Não sei se Deus é como um amor antigo, que passa ficando. Sei eu como muitos, perdi totalmente a fé, sem me perder totalmente de Deus. E o que nos une - e a Deus? - é a mensagem de amor, de justiça, de verdade de simplicidade, de destino, que aprendemos e repetimos dentro de nós.
é nessa labirinto de saídas obvias mas se calhar impossíveis que irei a Fátima dia 13. Olho para o mundo e para os outros, para o futuro e para mim, e acho prudente proteger-me e aos que cativo com a necessidade de absoluto. Como julgo impudico esperar pela sensação da morte para procurar Deus, confio o meu coração aos seus próprios riscos. Por isso vou a Fátima, numa confusão de sentimentos unidos pela minha determinação.

Vou a Fátima simplesmente porque sinto necessidade de ir e não quero aprisionar esse sentimento livre em nenhuma infatigável instrospecção. Vou a Fátima porque o tempo e a razão me cercam: a esperança quer dar o lugar, parece que por sensatez, à ausência de expectativas relativamente aos outros,e eu quero resistir até ao fime merecer que outros resistam por minha causa. Vou a Fátima porque me inquieta me inquita um mundo sem espiritualidade e não quero deixar apenas às gerações futuras os rios e os mares limpos e as florestas e o lince da Malcata, mas também o essencial do Homem, a alma, a sua secreta grandeza, aquilo que o distingue diante do mistério da vida e aquilo que nenhum electrodoméstico, ou automóvel ou taxa de juro, ou cartão jovem consegue iludir.

Vou a fátima porque mesmo que Deus não exista é verdade o que se diz em seu nome, e posso regressar sem Deus, mas regressarei sempre mais próximo dos outros homens. Vou a Fátima porque quem vive da memória da fé tem uma ilusão: encontrar numa noite fria, numa multidão acreditando, no silêncio produndo dos cânticos e numa solidão corajosa, o que não encontrou nos milhares de páginas meditadas sobre a nossa natureza e o nosso destino. Vou a Fátima porque leio nos olhos do mundo e nos olhos do poder a mais perigosa ausência de fé: a falta de fé nos homens. Fé na sua generosidade e não só na sua gratidão; fé na sua capacidade de se transcender e não só na sua índole de competir; fé na sua liberdade interior e não só na sua liberdade de escolha; fé na sua ansiedade de ser e não só na sua vontade de ter; fé no sonho de se entregar e não só no seu talento para organizar e facilitar.

Vou a Fátima porque suporto tão mal os moralistas como os cínicos e vejo a discussão dos valores cada vez mais entregue aos que querem acreditar por mim e aos que querem que em nada acredite. Vou a Fátima porque acredito no melhor que há dentro de cada homem e acredito que quase todos os homens acreditam como eu, mas é preciso alimentar a força interior que suporta a nossa fé na humanidade. Vou a Fátima porque já não sei se o Papa representa Deus na Terra e por isso pode ser que represente e pode ser que descubra de novo.

Vou a Fátima simplesmente. A fé faz-me falta, Deus faz-me falta. Escrevo-o humildemente. Sentado nesta igreja e certo de que partilho algo com alguém.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Eternamente teu

Por vezes sentimos que é necessário dizer algo mais, sobre algo diferente...

Todos sabemos que o sporting não vive os melhores tempos, a 12 pontos do FCPorto, parece que todos os dias nos atiram com isso à cara... é triste, de facto é, mas este não é o momento nem para chorar esta sina, muito menos para entrar e discussões internas... parece-me que isso é o pior que se pode fazer... parece-me que isso só revelaria quão parecidos com os adeptos dos outros clubes somos, mesmo assumindo-nos como melhores.

Quando o clube está mal, o treinador é que vai para a rua... Parece-me que o problema, não está, de todo, aí... Para mim, Paulo Bento está muito bem onde está... Quem não está bem são os adeptos que acenam com lenços brancos nesta altura dificil que o clube que está a viver, se reagem assim, têm mais 15 clubes para onde podem ir fazer isso. Quando escolheram o sporting deveriam saber à partida que o sporting não é um clube de prazer, o sporting é um clube de apaixonados. Apaixonados pelo futebol, pelo desporto, pela amizade, pela vida.

A própria existência do sporting é um hino á vida... é um prazer ver-se familias a irem ao futebol, e isso não se vê na maioria dos estádios do nosso país, não há aquela cultura que há em Inglaterra, aquela classe, tão pouco há a euforia e a loucura que se vive no calcio.

Esta carta pretende apenas ser a minha opinião sobre aquilo que o sporting é e sempre será. O Sporting é um clube de uma vida, não tem 6 milhões de sócios, tem os que tem, e como disse Pedro Barbosa quando Jardel saiu: “Só faz falta quem cá está” e quem cá está, de certeza que seguirá a apoiar esta grande instituição.

Eu digo: quem está insatisfeito, quem não se conforma, que sente que o Clube pode e tem capacidade para fazer mais, só tem uma solução ir a Alvalade e comprar um bilhete para o próximo jogo, e gritar, vibrar, retorcer-se quando a bola não entra, ou suspirar quando por um dedo de Deus não entrou na Nossa. Deve ir ao estádio, gritar “Sporting”, gritar como gritou Jorge Perestrelo em Alkmar: “EU TE AMO”, porque só assim se pode ser adepto do Sporting, só uma grande paixão, nos pode guiar para este clube, e para o apoiar. E acreditem este clube merece...

Não me vejo a vibrar com mais nenhum clube, não me vejo a sonhar por nada mais nada que não o Sporting, não me vejo a chorar (de tristeza ou alegria) que não pelo Sporting, não me vejo senão a verde-e-branco. Riam-se os que quiserem e acharem que é motivo para tal, mas fiquem sabendo também, que o Sporting apesar de não ser um culto, é no mínimo um simbolo de “esforço, dedicação, e devoção glória” EÍS O SPORTING!

Tenho dito

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

E mais nada


José Socrates veio dizer que o problema não está em que 5 países se façam representar pelos representantes da diplomacia , mas o que é importante reter é que estejam presentes 23 chefes de Estado e de Governo.
Na mesma lógica o deficit não está acima de 3% do PIB, o PIB é que cobre quase 97% do deficit...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Eles "andem" aí


Pois é... Agora é amigo António, tas a ver o que é que custa liderar uma legislatura... Agora para imaginares como seria se fosse o PSD a mandar, multiplica por 10 a forma como eles te estão tratar, tira o apoio da comunicação, e põe as vozes que falam de dentro do partido para os cidadãos, mas com opiniões divergentes do partido... imaginas? Claro que não, nem nunca te passará pela cabeça que isso alguma vez acontecer no PS... Pode-se fazer aqui uma analogia futebolística... bem, é melhor não... bom o que interessa é que o PS é um partido de massas, que quer é dizer à pobre velhota que ela vai ver a sua pensão aumentada se ela votar no PS... Que inguém vai subir impostos, mas só se ela votar no PS, porque o PS até lhe dá bandeirinhas, e crachás, e bonés, todo esse "pxisbek", o que é igual a dizer: tralha, lixo, coisas que não interessam nem para caçar gambosinos. Mas a senhora fica feliz com as febras no pão que o partido dá, e as batatas fritas, e aqui e ali a cartas que mandam a dizer que o partido se lembra dela... E ela aqui e ali lá vai acreditando, mesmo tendo filhos intruídos que lhe dizem que aquele partido de facto não satisfaz as reais necessidades dela, mas apenas lhe dá o que a faz sentir melhor no momento para ter mais um voto... e um voto aqui, um voto ali, aqui temos a maioria, mas diga-me, quem souber o que é que tem sido feito com a maioria para além de nada... ou melhor, de estudos, de compra de carros novos em vez de se tomarem decisões como: Portela + 1 ou de alterar a lei de modo a que seja possível utilizar os carros apreendidos... tudo coisas que me parecem tão curriqueiras, e tão simples, que de facto, me deixam: speechless...

Mas esperança camarada porque: "somewhere over the rainbow way up high there's a land that i heard of once in a lullaby(...) "

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Nash tem razão


Um dia faço uma greve para ficarem todos a arder, TODOS, e lá no meio os ministros, ficam mal vistos (um pouco...), hoje é o dia!
Com esta hipotética embalagem de açúcar, começa esta "coisa?"que só pretende ser a minha opinião acerca da greve da função pública.
É uma opinião bastante simples e breve (para ninguém ficar a perder muito): a greve em Portugal nunca teve muita importância e a razão é simples: fazem-se tantas e tantas com tão pouco interesse, e depois a questão dos números (essa eterna...), aquela contagem subjectiva e nunca se fica a saber mesmo quantos foram... é um tudo nada ridículo...
É claro que não sou contra as greves, apenas acho que terão sempre que ter um objectivo mesmo muito forte, algo escandaloso, de outra forma o sentimento, nunca transporá para as pessoas que vivem noutras realidades, e o resultado será igual aos anteriores, zero!
Quando os médicos fazem greve, quem arde acham é o sr ministro da saúde?! Claro que não... Se ele tiver algum problema vai ao privado, mas o portuguesinho que não pode ir ao privado, esse sim fica a arder, porque alguém pensou num grevezita, e deixou mal um seu camarada!
Meus caros, regra básica, nunca fazer birra... Ir sim para negociação... E nesse ponto, há que fazer uma backwards induction e oferecer ao adversário um Epsilon mais do que ganharia na última situção, assim vocês ficam com o restante, e ganham mais... Que me dizem?
Vá lá, é teoria dos jogos pura!
Abraço de camarada

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

vai prá lá que eu vou para cá


E voltas e mais voltas, é o que tem acontecido a questão do aeroporto, e, ressalva seja feita, à voltas mais baratas, mas também é como dizia o outro: há vidas mais baratas, não são é tão boas, e depois de isto, a questão que se coloca é: temos uma vida sufucientemente boa para nos podermos dar a luxos como a Ota ou o TGV, agora que a Ota começa a ficar um pouco fora de moda, começam a aparecer soluções que parecem estar mais do lado de cà do nosso orçamento, mesmo tendo alguns especialistas a opinião de que a Portela é reorganizavél, sem ser necessário parar, com a parte de Figo Maduro practicamente em desuso, è possivèl reorganizar, para além disso seria sério alterar a forma como as bagagens são tratadas, e em vez de se continuar a contratar pessoas em regime de trabalho temporário, se fazer como nos em outros país: é automático, é robotizado, os erros e as demoras são mínimas!
artigos de interesse:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=885459&div_id=291

terça-feira, 27 de novembro de 2007

dum vivimus, vivamus...


A muitos luxos nos damos nós....
Acho estranho e, digamos, estúpido que nos clamemos como civilizados e nos momentos chave, nos cingirmos a um comportamento típico ao de um miudo de 10 anos a fazer birra (não estou a comparar, claro está com o comportamento de Hugo Chavés...).

De muito nos queixamos da falta de comunicação com os povos menos desenvolvidos e com a sua falta de capacidade para dizerem: "olá eu sou o presidente do país X e o meu país tem um problema..." será que é preciso criar, analogamente aos alcoólicos anónimos, os politicos anónimos?! Agora que Mugabe se disponibiliza para vir a Lisboa e sentar-se na mesma mesa dos "civilizados" os snob's dizem que não se sentam parece-me que têm a visão um pouco turva...deve ser por causa do fog.

Não devem estar lembrados, que esse género de provocação não vos sai caro a vós que estão na vossa poltrona, mas aos pobres que sofrem no Zimbabwé, que em cada dia que passa estão pior, é claro que não estou a falar numa melhor redistribuição dos rendimentos isso de certeza que faria caminhar este discurso para o comunismo e acabaria a falar em kulaks e acabaria a falar na nomenklatura, ou nos nepmen, mas isso já seria voltar atrás...


Parece-me que está na altura de deixar fluir aquilo em que temos em comum, a humanidade, ainda para mais os ingleses que no que toca a loucuras estão no topo das listas ora com os hooligans ora com casos como o da Maddie, o qual ainda está à espera de resoulução...


Resta-me apenas desejar boa sorte na epopeia do Sporting Clube de PORTUGAL bem como dos outros clubes portugueses na europa!

sábado, 24 de novembro de 2007

I believe i can fly

Quando me falam desta legislatura, a primeira coisa que me vem à cabeça é aquela musica cujoo refrão é algo do género: i believe i can fly, i believe i can touch the sky, e depois com uma imagem do michael jordan a caminho do cesto, uma daquelas grandes imagens do Space Jam.
É exactamente essa imagem que esta legislatura me passa... é claro que no meu filme, o michael Jordan não é o sr primeiro-ministro, alìas, de facto a acção desenrola-se no banco de suplentes, onde aí sim, a nossa equipa governativa jaz em falência de ideias para resolver todas estas questões a começar no deficit, e passando pelos 150 mil postos de trabalho... Meus caros, vocês de facto são um verdadeiro espetáculo... vamos fazer contas: 106.000-167.000= -61.000. Segundo o INE este foi o numero de postos de trabalho que criaram. Muitos parabéns! De facto é uma pena, que só se conte metada da história.
Tenho dito

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Um passo à esquerda, um passo à direita


Dá vontade de rir ás bandeiras despregadas. Depois de um dos seus "meninos", leia-se argurmenos, na campanha ter sido acusar o principal partido da oposição e nomeadamente o Sr. José Barroso vem agora dizer que afinal ele está lá bem... Então? em que é que ficamos? Se continuamos assim, amanhã vamos ouvir-te dizer que dá para descer impostos? De facto agora está por cima de ti, mas não vais lá com elogios, a não ser que tudo tenha que ver com o facto de não o queres cá para as próximas eleições... Mas isto já é especulação.

Ah, e quanto ao joggin' aqui vai um conselho de uma "velha raposa":
O repórter pergunta ao velho Churchill, aos 80 ou 90 e poucos anos...
- Churchill, qual o segredo dessa longevidade?
- O desporto, meu caro, o desporto... nunca o pratiquei.
in "http//pt.wikiquote.org/wiki/Winston_Churchill"

Nunca me esqueci de ti


«Não há nada mais inútil que discutir política com políticos».

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Semelhanças?


Ao menos tu és oficial. Toda a gente sabe quem és e como o fazes... o teu contraente já não...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A caminho do Sequestro (figura de estilo)

Chavés chegou hoje a Portugal, e pelos visto já vinha acordado um inicio de relações económicas, no que respeita ao fornecimento de gás natural.
O que é equivalente a dizer que Portugal passou a ficar refém dos caprichos do Sr. Chavés que até agora não se tem mostrado há altura para ser o "protagonista" da cena mundial tal como tem sido.
Na minha opinião, não se pode considerar estrela da companhia alguém cujos argumentos passam geralmente por insultos, infundados, e de certa forma inuteís, que pretendem apenas destruir o racioninio de quem realmente está interessado em questões importantes.
Digo isto, pois tornou-se incontornavél falar de Chavés sem falar no incidente com o Rei de Espanha, o mesmo que mostrou ao mundo, "muchas ganas" e principalmente, mostrou a Chavés o papel previsivel, e naturalemente pequeno que o mesmo deve ter na cena mundial, em vez de tentar por-se em "bicos dos pés" para que o vejam.
Não digo, que na cena interna, ele não esteja a agir bem, não tenho conhecimento de causa para comentar, mas acredito profundamente que se devia restringir á sua cena interna, que é mais importante, e aparenta ter mais problemas que a cena externa, ou melhor, na cena externa quem os causa é o Sr. Hugo.

Neste momento só podemos esperar para ver, como Chavés e Sócrates se vão comportar, mas sendo Portugal um país tão pequeno, e o facto de Chavés vir assinar um contrato apontam de todo para que o menino se porte bem, e que desta vez não faça feridos, porque desta vez, ele sabe, que não tem nenhum rei que o mande calar.

A Esquerda e a Escola

Zero valores. Esta poderia ser a nota final que os pais portugueses dariam ao Governo no que diz respeito ao estado actual - e ao que se propõe para o futuro - da Educação no nosso país. Tudo começou com uma aposta 'ingénua' da ministra da tutela: criar um estatuto do aluno que permite acumular faltas sem, potencialmente, prever qualquer penalidade. Como terminará tão disparatada iniciativa? A pretexto da defesa desta ideia, Maria de Lurdes Rodrigues desmultiplicou-se em entrevistas à comunicação social que, se outra virtude não tivessem, permitiram clarificar o posicionamento deste Governo sobre ideias tão "absurdas e retrógradas" como a liberdade de escolha - "uma coisa de direita para privilegiar sempre os mesmos" -, o cheque-ensino e o papel reservado ao ensino privado: "educar os filhos dos ricos".

As esclarecedoras entrevistas coincidiram com a publicação dos "rankings" das escolas do secundário que, uma vez mais, puseram a nu uma evidência que se tem vindo a consolidar depois do 25 de Abril: a enorme diferença de qualidade entre escolas privadas e públicas em Portugal. Como "o ensino privado é para quem tem dinheiro e não pode ser comparado ao das escolas públicas", resultam duas consequências ideológicas deste cristalino raciocínio: os "rankings" não servem para nada e a desigualdade social jamais será atenuada pela escola.

É evidente que a diferença das notas entre ensino privado e público também resulta do facto de o ensino privado ser mais selectivo. O ambiente social justifica diferenças. Mas querer reduzir tudo a este factor é puro preconceito ideológico. São vários os exemplos no "ranking", que se repetem ano após ano, de escolas privadas em zonas não privilegiadas e com contratos de acesso com o Estado, com resultados meritórios e superiores aos das escolas públicas com quem competem directamente.

O factor substancial que explica o êxito de muitas das escolas privadas reside na autonomia de gestão e na concorrência a que estão submetidas: a liberdade de definirem o seu projecto educativo, de escolherem os professores, a exigência a que são obrigadas para cativarem alunos. Desse exemplo de boas práticas deveria o Estado retirar diversas lições, desmontando a máquina infernal centralizadora com assento há décadas no Ministério e concedendo às escolas públicas liberdade e responsabilidade, submetendo-as à regra de ouro que estimula a qualidade: a concorrência. O princípio da liberdade de escolha através da concessão do cheque-ensino transfere poder para os pais, permitindo que alguns deles, menos abastados, possam colocar os seus filhos nas escolas que entendam melhores, sejam elas públicas ou privadas. A concorrência ficaria institucionalizada.

Que o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista se encarnicem contra a liberdade de escolha é compreensível. Um sistema que retira poder centralizador ao Estado e o transfere para as famílias é, em si mesmo, uma ameaça: permite maior dinâmica social e põe fim ao estigma da desigualdade social que se prolonga na escola actual. Onde iriam esses partidos colher o seu pasto eleitoral num país menos desigual nas oportunidades que concede aos seus filhos e onde a pobreza fosse atenuada pelo sistema educativo? Que a ministra da Educação de um governo liderado por um PM reformista - que tem em Blair uma referência fundamental - defenda posições tão ultrapassadas parece-me insustentável. O futuro dirá se tenho, ou não, razão...

António Pires Lima in Expresso (opinião)


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Estado de sitio

Depois de muitos textos escritos, depois de muitas criticas feitas, depois de todos os problemas diagnomesticados, eís que surge mais um: como motivar esta gente toda para dar o seu melhor em todos os momentos, e em todos os aspectos?

Neste caso, a resposta mais frequente seria: "Pois, boa pergunta!" mas parece-me que desta vez teremos que ir um pouco além disso. Isto porque se contiuarmos assim, não vamos parar a lado nenhum, e o objectivo é simples: convergência com a União, em todos os aspectos, e não ter os melhores índices nas piores rúbricas,e os piores, nas rúbricas mais importantes.
E porquê? Bem, se a pergunta é simples, a resposta tem que ser um pouco mais complexa. A razão é simples: com um país que só se destaca pela permissividade, pelo futebol, pelo trabalhar sobre pressão, e onde a fuga ao fisco é uma práctica comum, parece-me lógico que os seus cidadãos não hão-de estar muito motivados, para o trabalho, para produzir! Se no global o país não dá o exemplo?! Se o parlamento pára para ver jogos da selecção, parece-me que para tudo há limites, e nós atingimos o limite inferior. A partir de agora é sempre a subir, e lembre-se de duas coisas:
1- é bom apertar os calos
2-Viva, ame, e aprenda
Amén

domingo, 18 de novembro de 2007

Abaixo da linha de àgua

Sairam á poucos dias as "estimativas rápidas" do Eurostat, e imagine-se: Portugal está lá!

Quando todos pensávamos que já estávamos na segunda divisão, afinal aparece-mos,
claramente abaixo da linha de água, ou seja, na zona de despromoção, mas estamos lá! Parece-me obvio que a primeira parte deste post é claramente uma grande ironia...

Como português não me sinto confortavél vendo que o meu país apresenta um dos piores, senão o pior registo de toda a União. Como li á uns dias num jornal, os portugueses estão já mais pobres que os estonos (que grande novidade!)।

Por outro lado, eu estou plenamente convencido, que de facto temos problemas estruturais que devem ser resolvidos, começando pela reforma da admnistração pública, esse grande porta-estandarte, passando pela resoulução do deficit, a falta de competitividade no exterior e mesmo no interior, e todos esses problemas que foram já diagnomesticados, esse trabalho está todo feito, agora, o que falta é que alguém pegue no jogo, alguém que saiba jogar, de outra forma, qualquer terramoto mais forte, nos fará separar de Espanha e aí vamos nós vagueando pelo oceano, "orgulhosamente sós"... isto para não falar no: "ir ao fundo"...

A grande questão é: se um português falar no estado do país e disser que o mesmo não vale nada, ninguém se sente atingido, e isto é grave...

Que eu saiba, ser português significa, pertencer a Portugal, ainda não vi o noticiário geográfico, mas parece-me que não mudou nada de ontem para hoje...

Por outro lado, se quem dissesse isto fosse um estrangeiro, todos responderíamos: "Amén!"
A meu ver isso só demonstra o quão fracos parecemos aos olhos dos estrangeiros, porque se um estrangeiro diz: "no vosso país vive-se mal..." a única coisa que ele quer dizer é: "no meu país vive-se melhor", é que o "gajo" não conhece o mundo todo, só conhece o país dele!

Agora não quero entrar no valor potencial que Portugal tem, que de facto tende para infinito, mas decerto que o terei em conta numa das minhas dicertações futuras, o ponto a reter disto tudo é: Portugal é melhor do que a maneira como o pintamos e aproveitamos.
Tenho dito